Textos

Sala das Estátuas

Sopram nevascas, e todo o tempo encolhe
C'o vento duro a barbarizar os polos;
Mal se deita à aldeia, lhe dá a prole
E as enrosca ao nu do cárcere dos solos.


São multidões... Vêm de um tempo desigual,
E a massa amorfa se faz passar nervosa...
Como se sente uma estufa natural
Onde nunca mais se viu nascer a rosa?


As geleiras encalharam comportadas.
Ah, nevasca sem piedade por que feres?
Tão brancas!- Pobres estátuas pré-moldadas!


Insurgentes das antiguidades frias,
Que bem-dizem se as olharem... São mulheres
Exiladas decorando galerias!


Canoas, fevereiro de 2011/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 08/02/2011
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