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(imagem  do Blog Marcelo de Souza Silva POA-RS)


Ama de leite

Eliane Triska



Tu noite que me negas as ternuras
Por qualquer sonho a se dizer feliz,
Dá-me um sol a brilhar mesmo às escuras,
E protege a dolorida cicatriz.

Neste cenário estéril sempre em curto,
Vagueia a louca infante, pré-senil,
A quebrar luas em perpétuo surto,
Amotinada às lágrimas febris.

Queria um dia fosse só pra mim.
Um sol fresco a escorrer... Puro deleite!
Das seivas mais profundas de um jasmim.

Ah! Noite quanta espera... Foi assim:
Te prometeste como ama de leite.
Teu peito é seco! Ó miserável fim!


Canoas, 21 de agosto de 2017.



 
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 21/08/2017
Alterado em 28/10/2017
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