Marcada
Conheço a solidão em pura essência,
Patética na lúgubre clausura.
Divide-a comigo o tempo e a ausência
E o tempo diz-me altivo: trago a cura!
Eis-me à solidão!... E dela padeço
Assim, chega-se a mim, vira-me o rosto
Hei de vingar-me, um dia, a qualquer preço
Provada ao próprio fel do meu desgosto.
Dia haverá o mundo em rebeldia,
Que as sobras placentárias da agonia,
As águas levarão com igual ternura...
Da nova estrela ao céu vestida apenas,
Por brilho intenso, a ver, suas melenas
A fronte marcará da Criatura.
Canoas, 01 de julho de 2008/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 01/07/2008
Alterado em 20/11/2008
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