Textos




Corpos Hominis



O homem, se da carne frui o chão,
E a anca da raiz, no prumo exato,
Dá-se a ver à palavra em expansão,
O horizonte, além do espinhaço,

A alma se reporta à narrativa
Do verbo ejaculado do faltoso
Que vive à boca, a cela primitiva,
E goza do mistério, o gozoso.

Cai o som e se junta ao estribilho
Que, para si, a história guarda a bula,
E inocenta, em coro, o andarilho.

Exótico, o ser cobra a sua lavra.
A morta natureza que se engula
E invagine o corpo na palavra!


Canoas, julho de 2009/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 05/07/2009
Alterado em 20/09/2014
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