Textos

Correntezas
Tão longe que o sombrio negro me trouxe...
Vem comigo -  e me nega a intuição,
Até às almas tristes de um rio doce
Que, presas às correntes ficarão.


E a elas seguirão, no eterno agora,
A dor de um grande amor chorado ali,
Onde nenhum mais cabe ou se demora
E parte da minha alma que perdi.


Se diviso algo vir em meu socorro,
A jovem dor não deixa compreender.
Parar! Por que parar? Sou eu que morro!


E, por mim, se ele um dia suspirou,
Há de saber da morte do querer
E meu morrer da vida que restou!

Canoas, janeiro de 2010/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 13/01/2010
Alterado em 07/03/2010
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