RéquiemNão me esperes
antes que os sinos digam
das tristezas das minhas ruas.
Por ora, deixa-me e espera!
que também te esperarei com flores.
E, quando eu voltar
das dores outonais caídas,
os sinos, com suas saias rodadas,
serão minhas despedidas,
e não me quererás mais.
Então, não me esperes,
porque a primavera ainda não floriu
e o amanhã pode querer murchá-la
ao vê-la reanimar
o poema
que deixaste morrer no rio...Canoas, outubro de 2010/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 08/11/2010
Alterado em 26/09/2012
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