Confesso!
Não sofra, ó meu poeta apaixonado.
O menestrel do amor... Astro luzio!
Há maior dor de um mar que, congelado,
Perdido do calor, chora sem brio?
Vem provar do meu beijo bem molhado,
Esquece a musa... é pura fantasia!
- Mentirosa e volúvel! clama o fado
E é nela que confia a poesia?
Plis! Sou linda e por mim chora a viola,
Triste, vem gemer à minha sacada,
E finge me sorrir, nada a consola!
Ouve, amor! Atenção, seu displicente!
Se eu não bastasse ser a tua amada,
Caberia esse amor num continente?
Canoas, novembro de 2010/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 15/11/2010
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