Se eu sei se o universo é um recorte
Por pensado tal qual grande Origami?
A vida faz a dobra para a morte,
A morte a desdobra no tatame!
Se eu sei desse saber? Talvez... Injusto!
Quadrado de papel escrito em branco,
Caído do meu bolso, fosse um susto,
Largado às minhas costas, seja um manto.
Se houver saída... Sim, eu a procuro!
Num rosto de mulher, num vão do escuro...
Se feita por um homem, seja um verso!
E nenhuma estação saiba da outra,
Pois se a uma aprouver sentir-se a douta,
Comigo hibernará nesse universo.
Canoas, novembro de 2012/RS
Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 13/11/2012
Alterado em 13/08/2014