A CONVERTIDA DE DAMASCO
Vasta noite que deita no seu frasco,
As lágrimas de um choro de mulher.
Silêncio! A convertida de Damasco.
De mim? Eu só direi o que eu quiser.
Das épocas tardias, se são belas?
Ó tecelã dos sonhos o que vês?
- Comum buquê de rosas amarelas
Que vai murchando até seu fenecer.
Tempo! Ris? Sempre em alta nos pregões,
Nos leva de carona, na garupa
De um trem que vai soltando seus vagões...
Que mais posso escrever? O fim do giz...
- Cuidei das minhas flores junto à estufa.
É garantia de um final feliz?
Canoas, 13 de junho de 2015