"O dilúvio" - John MartinAs águas
Quanta tristeza!... O céu se desmantela...
Há forças brutas, híbridas, sombrias
Que, ao derrubarem sonhos, porto e velas,
Vão misturando a noite com o dia.
Ah! Quão duro é pisar nos movediços
Torrões de terra e pão e não saber,
Quantos soluços vão rolar no lixo,
Virar o chão servindo o amanhecer.
São águas inocentes! Vêm do céu!
E nesse sobe e desce, desce e sobe,
Formam cordas de um jogo de rapel.
Erga a arca Noé! Nos salvaria!
Vamos, vamos, criar um novo orbe!
Passa um... Passa dois... -
Quem sobraria?
agosto/2015